O processo de formação ou de desenvolvimento da pessoa não é uma questão apenas individual ou de foro íntimo, mas é um processo social. As formas de pensar, sentir e agir dos adolescentes e jovens formam-se na interação e na troca com o meio social no qual vivem. E uma maneira de se questionar a ordem posta é o ato infracional. Contudo, o problema está nos métodos adotados para esse fim, os quais são de caráter transgressivo e estão em desacordo com as regras sociais. Por outro lado, quando apoiados por mediações específicas e intencionais, os jovens têm a possibilidade de construir outras formas afirmativas de funcionamento e de contestação, distintos dos atos violentos, inclusive de participação política (Rodrigues, Lopes de Oliveira, & Yokoy, 2014).