Após as leituras dos dados fornecidos nos relatórios referentes aos educandos que cumprem medidas socioeducativas, um dado fica em evidência, trata-se de todos serem negros, consequentemente agregado a cor temos a evidencia da falta de oportunidades, a desestruturação familiar, enfim a falta de perspectiva de um futuro promissor, eles não conseguem enxergar que o estudo é o caminho para galgarem uma vida digna.
A falta do diálogo entre pais ou responsáveis, esta fala chama a atenção no sentido de que a conversa pode mudar rumos, mas também nunca é tarde para que isto aconteça.
Outro dado é que muitos jovens são residentes em outras cidades, muitas distantes do local em que estão temporariamente. Mas fico a pensar em seus pais ou responsáveis, tanto no deslocamento, como a preocupação em não poder estar próximo dos seus filhos,netos.
Muitas vezes a escolarização serve de momento para desabafo, pois passamos a conhece-los melhor. Penso que na socioeducação a inserção de mais cursos profissionalizantes com apoio de empresas, indústrias traria um resultado significante para quando a medida for cumprida, e o adolescente ter o direito a liberdade, passasse também a exercer uma profissão.
Para que possamos ter menos adolescentes em situação de privação de liberdade, creio que se faz necessário uma educação de qualidade, período integral, com refeições nutritivas, cursos profissionalizantes atraentes no sentido que os alunos queiram estar nas Escolas, sintam a utilidade do ambiente escolar, percebam-se inseridos na sociedade onde todos possam ser trados igualmente, e não com o hiato existente em nossa sociedade.